O poeta é um fingidor,
disse Fernando Pessoa.
Eu digo com convicção:
tudo que escrevo é ficção.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Resíduo
De tudo fica um pouco.
Nunca é muito pouco.
Às vezes é tudo.
Eu bem que gostaria de morrer,
mas não já.
Viver sempre também cansa (isto
é um poema de José Gomes Ferreira),
mas eu ainda não cansei.
E se cansar não vou contar para ninguém.
Drummond enumerou demais.
Basta um objeto,
um cisco,
um dejeto.
Já é vida demais.
Nunca é muito pouco.
Às vezes é tudo.
Eu bem que gostaria de morrer,
mas não já.
Viver sempre também cansa (isto
é um poema de José Gomes Ferreira),
mas eu ainda não cansei.
E se cansar não vou contar para ninguém.
Drummond enumerou demais.
Basta um objeto,
um cisco,
um dejeto.
Já é vida demais.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Cidadezinha qualquer
A vida passa.
A carroça vai devagar,
mas a vida passa.
Os cachorros latem, a caravana se arrasta, uma tartaruga carrega o mundo no casco,
mas a vida passa.
Dizia sabiamente o poeta:
"Sopra, que passa."
A carroça vai devagar,
mas a vida passa.
Os cachorros latem, a caravana se arrasta, uma tartaruga carrega o mundo no casco,
mas a vida passa.
Dizia sabiamente o poeta:
"Sopra, que passa."
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